GERAÇÃO NUTELLA - Quem são eles?



Para refletirmos!

GERAÇÃO NUTELLA - Quem são eles?

Dormem na cama dos pais até quando querem. Largam mamadeira e chupeta quando querem. Só comem o que querem.
E daí? Que mal faz?

Social aos 11 anos.
Melhor celular a cada Natal.
Surdos com seus fones de ouvido.
Centenas de amigos virtuais.
Não pensam nos riscos.
Vida social? Se não for top, nem vou. Alto grau de exigência. Conseguem tudo o que querem.
E daí? Que mal faz?

Os pais não precisam brincar.
O celular faz isso.
Os pais não precisam buscar nas festas.
O Uber faz isso.
Os pais não precisam cozinhar.
O Ifood faz isso.
Os pais não precisam nem educar. A escola integral faz isso.
E daí? Que mal faz?

Nem pensam que tudo o que o filho quer é "um puxão de orelha" e uma bronca: "hoje não é dia de festa! Vai comer comida que presta!" Criar filhos está "mais fácil", mais cômodo, afinal, a crianca resolve tudo com cliques na tela.
E daí? Que mal faz?

Ler para o filho? Cantar música e fazer cafuné? Luxo para poucos. Os pais estão desconectados. Precisam de ajuda, mas só aceitam quando a bomba explode.
Pais e filhos sob o mesmo teto mas diálogo zero. Nem um filme juntos. Mas sempre conseguem aquela selfie de família perfeita. Afinal, o que importa é mostrar que é feliz. Ter mil curtidas.

Mal sabem o que é um jogo de tabuleiro. Pensar virou uma coisa que dói. Fazer criança pensar parece que é fazê-la sofrer.

E o que você quer ser quando crescer?
Youtuber. Blogueira. Vlogueira.
Digital influencer.
Estudar, entrar na faculdade, se especializar... imagina!! Não sei esperar.
Não sei ouvir não.
Não sei o que é frustração e rejeição.
Culpa de quem?
Ops! Nao se pode falar nisso.
Não pode é mais nada.
Não pode dar palmada, não pode falar alto, nem em pé com a criança. Não pode castigo. Não pode nem falar não.
E o tempo passando. Os filhos crescendo. Drogas e suicídio aumentando.

Querem tudo pra já.
Bem no esquema "venha a nós o vosso reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no ceu". E ai do adulto que não disser "amém".

Por Denise Dias
Terapeuta, mãe do Rafael, preocupada com a futura sociedade do meu filho.



Para refletirmos!

GERAÇÃO NUTELLA - Quem são eles?

Dormem na cama dos pais até quando querem. Largam mamadeira e chupeta quando querem. Só comem o que querem.
E daí? Que mal faz?

Social aos 11 anos.
Melhor celular a cada Natal.
Surdos com seus fones de ouvido.
Centenas de amigos virtuais.
Não pensam nos riscos.
Vida social? Se não for top, nem vou. Alto grau de exigência. Conseguem tudo o que querem.
E daí? Que mal faz?

Os pais não precisam brincar.
O celular faz isso.
Os pais não precisam buscar nas festas.
O Uber faz isso.
Os pais não precisam cozinhar.
O Ifood faz isso.
Os pais não precisam nem educar. A escola integral faz isso.
E daí? Que mal faz?

Nem pensam que tudo o que o filho quer é "um puxão de orelha" e uma bronca: "hoje não é dia de festa! Vai comer comida que presta!" Criar filhos está "mais fácil", mais cômodo, afinal, a crianca resolve tudo com cliques na tela.
E daí? Que mal faz?

Ler para o filho? Cantar música e fazer cafuné? Luxo para poucos. Os pais estão desconectados. Precisam de ajuda, mas só aceitam quando a bomba explode.
Pais e filhos sob o mesmo teto mas diálogo zero. Nem um filme juntos. Mas sempre conseguem aquela selfie de família perfeita. Afinal, o que importa é mostrar que é feliz. Ter mil curtidas.

Mal sabem o que é um jogo de tabuleiro. Pensar virou uma coisa que dói. Fazer criança pensar parece que é fazê-la sofrer.

E o que você quer ser quando crescer?
Youtuber. Blogueira. Vlogueira.
Digital influencer.
Estudar, entrar na faculdade, se especializar... imagina!! Não sei esperar.
Não sei ouvir não.
Não sei o que é frustração e rejeição.
Culpa de quem?
Ops! Nao se pode falar nisso.
Não pode é mais nada.
Não pode dar palmada, não pode falar alto, nem em pé com a criança. Não pode castigo. Não pode nem falar não.
E o tempo passando. Os filhos crescendo. Drogas e suicídio aumentando.

Querem tudo pra já.
Bem no esquema "venha a nós o vosso reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no ceu". E ai do adulto que não disser "amém".

Por Denise Dias
Terapeuta, mãe do Rafael, preocupada com a futura sociedade do meu filho.

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