Que tipo de formação ajuda, de fato, o professor a resolver os dilemas da sala de aula? |
“Trabalhar 40 horas na sala de aula é muito desgastante. São muitas variáveis para dar conta. Não sei até quando vou aguentar”. O desabafo veio de uma professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental, experiente e comprometida com seu trabalho, mas a fala é comum a muitos outros educadores brasileiros.
Se, como diz o provérbio africano, é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança, torna-se necessário que as escolas formem uma equipe pedagógica forte e que ofereçam aos seus professores formações e apoios mais ajustados e úteis à realidade e aos variados problemas que emergem da sala de aula.
Dois aspectos me parecem relevantes no sentido de refletir sobre as necessidades formativas dos professores: quais são os dilemas profissionais que eles vivenciam e que tipo de apoio, orientação ou dispositivo de formação são proveitosos para a solução desses dilemas. Com essa visão, debruço-me em questões enviadas pelos leitores deste blog com a intenção de me aproximar das complexidades que tramam a prática pedagógica.
As perguntas remetem a dilemas reais e oferecem pistas sobre as demandas de formação para esse público em seus contextos de trabalho. Falam de inclusão, salas multisseriadas, planejamento, interdisciplinaridade… E me lembram que as necessidades dentro do processo educativo são de diversas dimensões. Todos os anos, os professores recebem estudantes com diferentes ritmos, estilos de aprendizagem e necessidades educativas e precisam fazer dialogar ensino e aprendizagem. Tomar os dilemas profissionais como objetos de reflexão na escola pode construir “chaves” para que os docentes atravessem, juntos, o dia a dia da profissão, com mais conforto, segurança e resultado.
Além da formação liderada pela coordenação pedagógica, os professores podem promover algumas outras estratégias como a realização de registros. Refletir sobre a própria prática e de colegas pode transformar dilemas profissionais em conhecimento pedagógico compartilhado. A literatura especializada tem destacado os resultados da Documentação Narrativa de Experiências Pedagógicas como uma metodologia de pesquisa e formação em que os professores, em grupos de trabalho, compartilham experiências sobre produções individuais e coletivas com o objetivo de sistematizar e dividir conhecimentos construídos no “chão da escola”.
E você, quais são os dilemas enfrentados no cotidiano profissional que pedem suporte? Que apoios, de fato, têm amparado na resolução desses desafios? Quais soluções foram encontradas pela sua escola para trabalhar a formação prática dos professores? Compartilhe experiências de formação e auto formação que constituíram-se em ajuda sob medida!
Fonte: Neurilene Martins
Que tipo de formação ajuda, de fato, o professor a resolver os dilemas da sala de aula? |
“Trabalhar 40 horas na sala de aula é muito desgastante. São muitas variáveis para dar conta. Não sei até quando vou aguentar”. O desabafo veio de uma professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental, experiente e comprometida com seu trabalho, mas a fala é comum a muitos outros educadores brasileiros.
Se, como diz o provérbio africano, é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança, torna-se necessário que as escolas formem uma equipe pedagógica forte e que ofereçam aos seus professores formações e apoios mais ajustados e úteis à realidade e aos variados problemas que emergem da sala de aula.
Dois aspectos me parecem relevantes no sentido de refletir sobre as necessidades formativas dos professores: quais são os dilemas profissionais que eles vivenciam e que tipo de apoio, orientação ou dispositivo de formação são proveitosos para a solução desses dilemas. Com essa visão, debruço-me em questões enviadas pelos leitores deste blog com a intenção de me aproximar das complexidades que tramam a prática pedagógica.
As perguntas remetem a dilemas reais e oferecem pistas sobre as demandas de formação para esse público em seus contextos de trabalho. Falam de inclusão, salas multisseriadas, planejamento, interdisciplinaridade… E me lembram que as necessidades dentro do processo educativo são de diversas dimensões. Todos os anos, os professores recebem estudantes com diferentes ritmos, estilos de aprendizagem e necessidades educativas e precisam fazer dialogar ensino e aprendizagem. Tomar os dilemas profissionais como objetos de reflexão na escola pode construir “chaves” para que os docentes atravessem, juntos, o dia a dia da profissão, com mais conforto, segurança e resultado.
Além da formação liderada pela coordenação pedagógica, os professores podem promover algumas outras estratégias como a realização de registros. Refletir sobre a própria prática e de colegas pode transformar dilemas profissionais em conhecimento pedagógico compartilhado. A literatura especializada tem destacado os resultados da Documentação Narrativa de Experiências Pedagógicas como uma metodologia de pesquisa e formação em que os professores, em grupos de trabalho, compartilham experiências sobre produções individuais e coletivas com o objetivo de sistematizar e dividir conhecimentos construídos no “chão da escola”.
E você, quais são os dilemas enfrentados no cotidiano profissional que pedem suporte? Que apoios, de fato, têm amparado na resolução desses desafios? Quais soluções foram encontradas pela sua escola para trabalhar a formação prática dos professores? Compartilhe experiências de formação e auto formação que constituíram-se em ajuda sob medida!
Fonte: Neurilene Martins
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